Tendências Atuais dos Tratamentos Dermatológicos com Laser de CO2
Dr. José Vitor de O. Júnior
Dermatologista – CRM 115.046 – Diretor Técnico da Clínica Linea – Centro Avançado de Dermatologia
O laser de CO2 é uma das ferramentas mais utilizadas no contexto dermatológico atual para o tratamento da pele fotoenvelhecida. Tendo sido disponibilizado para uso médico há pouco tempo, hoje, constitui-se em uma ferramenta importante para a melhoria da pele com uma diversidade grande de equipamentos disponíveis no mercado.
Trata-se de um laser fracionado com comprimento de onda de 10.600 nm. Todavia, qual a diferença entre um laser fracionado e um não fracionado? Os não fracionados atuam promovendo a retirada da pele de uma maneira homogênea, na sua totalidade, sem deixar áreas de pele sadia no local tratado. Isto implica em uma cicatrização mais demorada exigindo um maior tempo de recuperação (“downtime”). Por outro lado, os lasers fracionados atuam fazendo pequenos pontos na pele, deixando-a como se fosse uma colméia, preservando áreas de pele sadia em meio as áreas tratadas. A resultante reflete-se em um período de cicatrização menor e recuperação mais rápida.
Uma outra característica importante dos lasers fracionados é a sua capacidade de atuar sobre um determinado ponto específico. Trabalham como se fossem um tiro ao alvo, ou seja, tratam exatamente aquilo que é necessário: um vaso, um pigmento, uma ruga, a textura da pele, respeitando as estruturas adjacentes que não devem ser tratadas evitando lesões desnecessárias na pele íntegra. No caso do laser de CO2, mais especificamente, por atuar no comprimento de onda de 10.600nm age especificamente sobre a água depositada na pele.
Quem poderia ser submetido ao tratamento com laser de CO2? (1) Aqueles com cicatrizes de acne profundas; (2) pacientes com rugas faciais ao redor dos olhos, na testa; (3) pacientes com envelhecimento importante ao redor da boca (principalmente aqueles que são fumantes que desenvolvem rugas verticais – “código de barras”- e com aquele aspecto amarelado); (4) pacientes com flacidez facial; (5) aqueles que apresentam melasma (manchas da gravidez). Estas são as principais indicações desta tecnologia. São diversos os protocolos de tratamento com este equipamento. Contudo, recomenda-se no mínimo 3 sessões com um período entre elas de 30 a 45 dias para que os resultados sejam interessantes.
Estudos recentes mostraram que o laser de CO2 também atua modulando a produção de colágeno a longo prazo na pele após o término das sessões. O reflexo disto é um aumento da sustentação, rejuvenescimento e otimização do viço. Os dermatologistas procuram concentrar os tratamentos com lasers fracionados no inverno. O mais adequado é que, o candidato a realização do laser de CO2, seja avaliado em consulta médica, prepare a sua pele com cremes adequados antes de ser submetido às sessões. Isto potencializa os resultados. Após o procedimento, a pele exige a aplicação regular de um umectante e do filtro solar.
Trata-se de uma tecnologia interessante e com resultados promissores. Exige adesão do paciente e acompanhamento médico regular. Assim, a avaliação de um especialista devidamente treinado é indispensável.