Não Quero Ter um Câncer de Pele: Como Reduzir Seus Riscos Hoje
No ano de 2020, atendi dois pacientes jovens, ambos na faixa dos 40 anos, diagnosticados com câncer de pele no nariz. Eles chegaram para uma consulta de rotina e, durante o exame dermatológico, identifiquei lesões suspeitas que exigiram investigação imediata. Nos dois casos, foi necessária cirurgia com remoção completa do tumor, seguida de biópsia e margem de segurança.
Depois desses atendimentos, refleti profundamente sobre como pacientes tão jovens chegaram a desenvolver um câncer de pele tão significativo. Foi essa reflexão que me motivou a escrever este texto: informação salva vidas — e pode salvar a sua também.
A seguir, compartilho orientações práticas que quero que você não só aplique no seu dia a dia, mas também compartilhe com pelo menos uma pessoa que você ama.
1. Tipos de câncer de pele: do mais grave ao menos grave
-
Melanoma – o mais perigoso, com maior risco de metástase.
-
Carcinoma espinocelular (CEC) – pode se espalhar e exige tratamento rápido.
-
Carcinoma basocelular (CBC) – o mais comum e menos agressivo, mas ainda assim capaz de causar danos importantes.
2. O dano solar é cumulativo
A radiação ultravioleta se acumula ao longo da vida e fica registrada no DNA das células da pele. Isso significa que tanto a exposição diária quanto a de lazer contribuem para o risco de câncer.
3. Exposições de fim de semana também aumentam o risco
Ir à praia, piscina ou fazer atividades externas esporadicamente não elimina o perigo. Queimaduras solares intensas e pontuais são gatilhos importantes para o surgimento de câncer, especialmente o melanoma.
4. Quem já teve um câncer de pele tem mais chance de ter outro
O histórico pessoal é um fator de risco forte. Pacientes que já passaram por um câncer de pele devem manter vigilância dermatológica constante.
5. Use protetor solar mesmo ficando grande parte do dia em ambientes internos
Luzes artificiais, janelas e deslocamentos rápidos ao ar livre também expõem sua pele à radiação. Proteção diária é obrigatória, não opcional.
6. Lesões persistentes merecem atenção
Qualquer lesão áspera, que sangra, coça ou não cicatriza deve ser avaliada. Muitas vezes, pequenos sinais ignorados são justamente os mais perigosos.
Câncer de pele no rosto sempre deixa cicatriz — e a prevenção é mais barata
Tratar um câncer de pele implica priorizar a remoção total da lesão, mesmo que isso resulte em cicatrizes, especialmente no rosto. A verdade é simples:
o custo da prevenção é muito menor do que o custo físico, emocional e estético do tratamento.
Proteja-se. Observe sua pele. Consulte um dermatologista regularmente.
Prevenir continua sendo o melhor e mais eficiente tratamento.

















